A Inteligência Emocional (IE), também chamada de Quociente Emocional (QE), é um conceito que surgiu na década de 90 entre os psicólogos, se espalhando rapidamente para outros setores, incluindo o ambiente organizacional.
Siga na leitura e saiba de que modo essa capacidade pode gerar benefícios em várias áreas, inclusive no setor de compras!
A Inteligência Emocional no ambiente corporativo
O Quociente Emocional foi definido academicamente, pela primeira vez, em artigo publicado no ano de 1990 pelos psicólogos americanos Peter Salovey e John D. Mayer, como sendo “a capacidade de monitorar as próprias emoções e a dos outros, usando essa informação para guiar o pensamento e ações”.
No entanto, o psicólogo e escritor Daniel Goleman, Ph.D.em Harvard é considerado o pai da Inteligência Emocional por ter popularizado o assunto ao publicar um livro sobre o tema (em 1995). E foi justamente esta obra, intitulada Inteligência Emocional: Porque ela pode importar mais do que o QI, que movimentou o mundo corporativo ao afirmar que a IE desempenha um papel particularmente importante no ambiente de trabalho.
Visando verificar se essa afirmativa é correta, pesquisa realizada com 2.662 gestores americanos revelou que 71% dos entrevistados valorizam mais o Quociente Emocional, quando comparado ao QI, em seus colaboradores. Desses, 75% afirmaram ter maior propensão a promover um colaborador com QE alto e 59% disseram que não contratariam um candidato com QI alto e QE baixo!
O estudo, realizado após a crise financeira de 2008, mostrou que em períodos de incertezas econômicas – como a que estamos vivendo no momento por conta da Covid-19 – as empresa precisam de pessoas que saibam lidar com alto nível de estresse.
Nesse sentido, é natural a preferência por profissionais que possam tomar melhores decisões para resolução das dificuldades, manter a calma sob pressão e ter maior empatia – características típicas de quem possui QE elevado.
Mas, é preciso destacar: o Quociente de Inteligência (QI) sempre será muito importante para o desenvolvimento profissional por envolver, eloquência ou capacidade de aprendizagem – entre outros requisitos essenciais em qualquer função.
Profissionais e equipes emocionalmente inteligentes
Podemos afirmar que a Inteligência Emocional é capaz de ajudar na evolução de qualquer carreira, isso porque profissionais emocionalmente inteligentes conseguem ter autocontrole e manter a sua motivação, potencializando sua performance. Mas e quanto ao trabalho em equipe: a IE exerce influência na coletividade?
De acordo com os pesquisadores Druskat e B. Wolff, essa é uma realidade. Equipes com alto índice de Quociente Emocional constroem base sólida de confiança, eficácia e cooperação, o que reflete no desempenho geral. Sem contar que organizações com cultura de inteligência emocional reduzem os níveis de absenteísmo, enquanto os de engajamento aumentam.
Contudo, é necessário atenção com o excesso de Inteligência Emocional, afirmam os professores Nikos Bozionelos, da escola francesa EMLyon Business School, e Sumona Mukhuty, da Manchester Metropolitan. Investigando a atuação de 309 gestores, a análise concluiu que gestores com QE em demasia podem ter dificuldade para a tomada de decisões difíceis – como desligar um integrante da equipe que não está correspondendo às expectativas, por exemplo.
Em outras palavras, o equilíbrio entre os dois quocientes tornará o profissional mais completo. E o mesmo vale para a formação da equipe: mesclando indivíduos com QI mais alto à outros com bom nível de QE, o time tenderá a ser mais eficiente.
A Inteligência Emocional no Setor de Compras
A transformação digital vem influenciando o setor de compras, sendo essencial uma forma de atuação condizente com esse avanço tecnológico.
Além disso, a área está sujeita à mudanças na economia, na rede de suprimentos e em políticas da empresa, exigindo que os profissionais de aquisição permaneçam flexíveis – o apego a processos antigos, por exemplo, poderia ser muito ruim para a empresa e para a carreira do profissional.
Diante desses fatores, ou mesmo durante uma negociação complexa, um bom nível de QE pode ser muito útil. Mas será possível desenvolver a Inteligência Emocional? Segundo especialistas, sim!
Acompanhadas por psicólogos, 132 pessoas tiveram a oportunidade de desenvolver suas competências emocionais e, ao final de um ano, não apenas demonstraram aperfeiçoamento (duradouro) nesse tipo de inteligência, como experimentaram maior bem-estar físico e mental, menores níveis de estresse e melhoria em seus relacionamentos sociais.
Com base nessa experiência, para atingir um grau maior de Inteligência Emocional, existem algumas orientações a serem seguidas:
- Reconheça suas próprias emoções e de que modo elas influenciam seu desempenho;
- Aceite o fato de que você não pode controlar tudo e evite tomar decisões precipitadas, pautadas em emoções intensas – saiba mais em artigo que mostra como usar a emoção para uma melhor negociação;
- Encontre formas de aliviar o estresse do trabalho – pode ser um hobby, assistir um bom filme ou uma atividade física;
- Ouça, de maneira ativa, o que os outros têm a dizer;
- Tenha empatia e preste atenção na forma como responde às pessoas;
- Trabalhe sua motivação, ressaltando o que você ama em seu trabalho e mantendo uma atitude positiva.
Especialistas afirmam que todos somos emocionalmente inteligentes, mas cada um precisa de um tempo diferenciado para trabalhar seus sentimentos e desenvolver o Quociente Emocional que, sem dúvida alguma, pode ser um grande aliado para o profissional de compras.
Outra maneira da área de aquisições obter benefícios em sua rotina é contratando uma empresa especializada em materiais indiretos para otimizar o processo de compras e obter os melhores resultados.
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